sábado, 30 de dezembro de 2017

Sinapses teimosas


Sinto saudades, é quase sem querer.
Meu cérebro cisma em me lembrar de você. 

As sinapses são mais rápidas que minha repressão.
E quando dou por mim, meu pensamento já está em ti.
Sinapses,
Me conectam à você. 💭


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Uma varanda...

Pequena de um apartamento qualquer na grande Rio de Janeiro,
mas cabia as mais diversas plantas que minha mãe cismava em ter.
Cismava porque hora regava e ora esquecia.
Da varanda  dava pra te ver ao longe chegando,
e meu coração parecia marcar teus passos como um ponteiro de um relógio.
Tu chegavas sem falta ás 10:00.
No relógio ás vezes era mais cedo, ás vezes um pouco mais tarde.
Mas para meu coração era sempre ás 10:00.
Uma varanda pequena, feita de ladrilhos e singela.
Mas para um cômodo tão pequeno, coube tanta coisa.
Coube as plantas de minha mãe, algumas ferramentas de meu pai...
e coube essa minha saudade de te ver chegando.


Porém um dia, sem aviso, tu já não caminhava mais ao meu encontro.
E lá fiquei eu ao lado das plantas,  na varanda da saudade.


domingo, 29 de janeiro de 2017

A cegueira do Amor!

Dizem que o amor é cego.
Que quando se ama não consegue distinguir os defeitos,
Que tudo são flores, risos e declarações de amor. 
Dizem que o amor é cego.
Que não enxerga um palmo à frente. 
Dizem ainda que amor é bobo e que faz de palhaços aqueles que amam!
Dizem, dizem, dizem...
Eu discordo! 
O amor não é cego nem bobo!
Não é cego pois não é deficiente,
Possui todos os sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar!
É completo, pois mesmo sabendo os defeitos da pessoa amada, prefere admirar suas qualidades.
É uma escolha, pois o amor de bobo, ah amigo, ele não tem nada


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Nós

Nunca fui escoteira, mas desde cedo tive que aprender a lidar com nós...
Tive meu primeiro nó aos cinco anos de idade. Quando em uma tarde qualquer meu pai me ensinava a amarrar os tênis, utilizando o método da orelha do coelhinho.
Este foi só o primeiro de muitos que se sucederiam no decorrer da minha vida.
Teve o nó no estômago quando tive que mudar de cidade aos 14 e começar do zero em uma nova cidade.
Teve o nó quando passei para a faculdade que tanto sonhava.
O nó da reprovação em bioquímica I (a primeira reprovação na facul a gente não esquece, né?) e o nó de ter passado em bioquímica 2 ( depois de ter cursado, pelo menos mais uma vez).
Aquele nó no estomago quando você se apaixona por alguém especial.
O nó quando percebe que não é mais criança e tem boletos a pagar.
Vou pulando de nó em nó e quer saber são os nóis que fazem a vida valer a pena...
Tive que parar para amarrar o allstar, o cadarço estava desamarrado.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O canto do Sabiá

Aposentei meu despertador para ouvir o sabiá cantar,
troquei o som de Avril Lavigne pelo suave timbre.
Com ele vieram os bem-te-vis, quero-queros e os belos canários,
mais alguns outros se juntaram a eles cujo nome não sei.
Que ao pousarem pela vizinhança com suas lindas penas me cumprimentam batendo suas asas.
Sorri alegre, era a melhor vizinhança que eu poderia ter.
Mas eles sempre estiveram aqui, eu que não sabia apreciar o canto do sabiá.

domingo, 10 de julho de 2016

Meros humanos...

Acorda.  Agradece por mais um dia.Se arruma. Troca de roupa, a primeira não ficou boa!
Olha o relógio. Pega a marmita. Faltam cinco minutos.

Passa o batom (nude e não vermelho), para não causar muito; afinal são só seis da manhã.
Pega o ônibus. Olha no relógio. Pensa que irá chegar no horário, no trabalho. Que sonhou desde os doze (não treze anos de idade), porque pra sociedade já estaria tarde. Certo?

Chegou à tempo. Foi no banheiro. Conferiu de novo a aparência. Ok. Vamos começar...

Lê protocolos, artigos e se informa. Pesquisa mais artigos (completos e reviews).
Faz os experimentos. Merda no final faltou algo. Refaz. Melhorou. Hora de ir para casa.

Pega o busão. Tenta escutar música em meio ao caos do transito, não consegue distinguir bem o refrão mesmo alto. Aumenta o volume. Planeja o que ainda terá que fazer quando chegar em casa.

Chegou ás seis. Guarda as chaves no mesmo lugar de sempre para não se esquecer no dia seguinte. Toma banho. Lembra do que planejou. Suspira. Quer deitar e assistir netflix. Tá cansada. Dá aquela olhadinha no whats e facebook. Curti umas fotos. Dá umas risadas.

Consciência pesa. Tem-se muito a fazer, lembra. Liga o laptop. Pesquisa aí e aqui. Facebook de novo. Hehe

Olha pro relógio. Ainda falta muito. Suspira. Faz um lanchinho na cozinha, uma pausa rápida. Volta pros estudos. Confere agenda. Janta.

Oração antes de dormir. Planeja o dia seguinte e suas prioridades. Revê mentalmente suas metas e onde quer chegar. Ainda falta um bocado. Sorri. Pega a coberta pra se cobrir.

Se permite ficar em casa amanhã. Ler um livro. Visitar um amigo. Fazer poesia. Ter o dia pra si!!
Afinal, não somos máquinas em busca da felicidade ou perfeição. E sim meros humanos, aventureiros do nosso próprio destino.( Essa parte grifado, pfv)!!! rs

domingo, 3 de abril de 2016

Aborto!

Não ao aborto!
Dos sonhos de infância, de ser cientista. Belos em sua criação, oriundos das brincadeiras...
Da esperança de um mundo melhor, de quê o melhor está em nós, na humanidade e na fé em Deus de quê tudo dará certo e já deu!
Porque não há coisa impossível para quem vai a luta. Armada de coragem e esperança para a guerra contra nós mesmos...
Das rodas de amigos conversando num sábado á tarde. Hoje tão escassas...
Das causas impossíveis; de que impossíveis, só tem no nome!
Dos grandes amores, que não precisam de gestos gigantescos para provar que são. E sim, do cuidado diário e do conforto daquele abraço. Uma mensagem sem pretexto pra falar ''Hey, Love yah!''.
Daquilo que ainda não é, mas será um dia, pois precisa-se de paciência.
Uns sonhos nascem prematuros, outros não!